
Por orientação da Secretaria de Estado de Saúde, as escolas de vários estados prorrogaram as férias em toda a rede pública devido à "gripe suína". Aqui no Distrito Federal não foi diferente, e dentro das escolas da rede pública ocorreram também essas prorrogações das férias. Em contrapartida, a grande maioria das escolas da rede privada, manteve o seu calendário escolar. Como o Dudu é aluno da rede particular, como já era previsto no seu calendário escolar, suas aulas iniciaram-se no dia 29 de Julho (quarta-feira). A princípio fiquei muito apreensiva com relação a deixá-lo retornar à escola. Conversei muito com meu marido e decidimos em comum acordo, que o Dudu retornaria normalmente ao ritmo escolar. Na quarta-feira quando fui levá-lo a escola, cheguei já com mil e uma sugestões, dúvidas e questionamentos. Conversei com a coordenadora da Educação Infantil sobre a capacitação dos professores para lidar com os cuidados e higiene em sala de aula, junto à professora solicitei que o Dudu não compartilhasse mais lanche, não utilizasse mais os materiais coletivos, que bebesse água na garrafinha que eu havia enviado e não no bebedouro da escola, que em sala de aula fosse utilizado álcool em gel nas mãozinhas das crianças e nas superfícies das mesas e cadeiras. Pude observar que os profissionais da escola tinham realmente sido orientados com relação a alguns procedimentos básicos para evitar a nova gripe. Algo que me deixou muito segura também, foi um documento que o Dudu trouxe da escola em sua agenda. O mesmo relata todos os procedimentos que a escola já esta realizando, e afirma que se alguma criança tiver a suspeita da gripe todos os pais dos alunos daquela turma serão comunicados. No mais é muita higiene mesmo e deixar nossos filhos nas mãos de Deus.
Como muitas crianças retornam mesmo no inicio da semana, ou seja amanhã, vale a pena para os pais lerem o texto que compartilho a seguir.
Esclareça suas principais dúvidas sobre o retorno das crianças às atividades escolares com a gripe tipo A.
Com a proximidade do reinício das aulas, os pais ficam apreensivos quanto à frequência escolar de seus filhos durante um período em que a gripe tipo A tem altos índices de transmissão. Segundo determinação do Ministério da Saúde, a suspensão da volta às aulas é uma possibilidade que depende da análise dos governos estadual e municipal de cada região. E a orientação continua valendo: crianças com sintomas de gripe não devem ir à escola. CRESCER conversou com Orlando Conceição, infectologista do Hospital São Luiz, em São Paulo, que esclarece às principais dúvidas sobre o retorno às atividades escolares. Confira.
Por que a volta às aulas poderia ser um risco?
Qualquer pessoa doente começa a transmitir a gripe um dia antes de sentir os sintomas. Além disso, crianças podem repassar o vírus por até 14 dias – enquanto adultos transmitem por 7 a 10 dias. O fato de não lavar as mãos logo após tossir ou espirrar inicia uma cadeia de contaminação que se propaga rapidamente enquanto as crianças brincam e interagem.
Qual a melhor forma de se higienizar as mãos?
É preciso lavá-las com frequência, usando água e sabão. Quando a criança espirra ou tosse, deve usar um lenço descartável para fazer a higiene, desprezá-lo e lavar as mãos imediatamente. O álcool gel é uma opção para complementar a limpeza, mas deve ser utilizado apenas na presença de adultos.
A prorrogação da volta às aulas teria algum resultado efetivo para a saúde das crianças?
Sim, pois entre as crianças a disseminação é mais rápida. Não frequentando a escola durante este período de alerta, os alunos não correriam o risco de transmitir o vírus entre eles ou para os parentes. Retardar o reinício das atividade escolares provocaria uma lentidão no aumento do número de casos da gripe A no país.
O que pais e professores podem fazer para controlar a propagação do vírus?
Prestar muita atenção em alunos com sintomas respiratórios é fundamental. O melhor lugar para uma criança que tem tosse, dor de garganta, espirros recorrentes, entre outros sintomas, é em casa.
A utilização de máscaras pelos alunos pode ajudar na prevenção?
Isso é uma bobagem para pessoas que não apresentam sintomas. Se uma criança contaminada usa as mãos para conter o espirro e, em seguida, toca outra criança com máscara, a transmissão acontece da mesma forma. Além disso, o uso deste acessório pelos alunos não é prático. “Duvido que uma criança fique com uma máscara no rosto por mais de 15 segundos”, afirma o especialista.
Quando a máscara deve ser usada?
Deve-se usá-la somente quando a criança já está contaminada ou no contato próximo com outra pessoa sabidamente doente. No caso de pais sadios que estão cuidando de filhos com a gripe H1N1, por exemplo.
Se a higienização não for feita, o vírus permanece nas mãos da criança por algumas horas, aumentando a velocidade da transmissão.
Como proteger um bebê que vai para o berçário?
O cuidado é tirar pessoas doentes do ambiente para o qual ele vai. Se houver casos no berçário, é melhor ficar com o bebê em casa – desde que os pais não tragam o vírus de fora.
O número de casos vai aumentar ininterruptamente?
Toda epidemia tem, inicialmente, uma curva ascendente no número de casos e, com o passar do tempo, produz uma curva descendente. A sociedade precisa deixar de encarar a influenza como uma “gripinha”. Gripe é gripe, seja o tipo que for. Não é uma doença leve e deve ser tratada com seriedade.
O aumento das temperaturas no 2º semestre enfraqueceria ainda mais o crescimento do número de casos? Com certeza. A gripe é uma doença do frio.
Fonte: Crescer